quinta-feira, 1 de julho de 2010

historia para normal real FINAL

A noite chegou, e junto com ela o pavor. Seria aquela mais uma noite de assombrações?Logo de manhã recebi a visita de uma empregada que nunca fora contratada para o serviço. Será que Miza iria vir me ninar a noite ou me matar?Me deitei, mas pedi ao meu pai que a luz permanecesse acesa. Isso talvez me protegesse. O Douglas se sentiu incomodado, eu também me sentiria. Dormir com luz acesa não é muito agradável, nem para mim era, mas deveria ser seguro.Estava tudo calmo. Estava começando a pegar no sono. Fui fechando os olhos lentamente, quando a luz foi apagada. Olhei para ver se não foi o Douglas, que pensando que eu havia dormido, apagou. Olhei e ele estava dormindo.A noite chegou, e junto com ela o pavor. Seria aquela mais uma noite de assombrações?Logo de manhã recebi a visita de uma empregada que nunca fora contratada para o serviço. Será que Miza iria vir me ninar a noite ou me matar?Me deitei, mas pedi ao meu pai que a luz permanecesse acesa. Isso talvez me protegesse. O Douglas se sentiu incomodado, eu também me sentiria. Dormir com luz acesa não é muito agradável, nem para mim era, mas deveria ser seguro.Estava tudo calmo. Estava começando a pegar no sono. Fui fechando os olhos lentamente, quando a luz foi apagada. Olhei para ver se não foi o Douglas, que pensando que eu havia dormido, apagou. Olhei e ele estava dormindo.Minha mãe disse que aquilo era frescura de minha cabeça, meu pai, como um herói, permitiu que eu ficasse com eles.Me ajeitei entre os dois, me sentindo escoltado e seguro agora para viajar até a terra dos sonhos. Ate que senti um cutucão no pé e olhei em direção o armário, que ficava logo a frente da cama. Para meu espanto, lá estava aquele duende em pé, logo ao pé a cama, me encarando com olhos de raiva.Não muito assustado, pois me sentindo seguro ali com meus pais, falei:- Mãe! Olha ali! O duende está ali na frente do armário!Tenho certeza que minha mãe ficou assustada quando eu disse isso, pois ela não olhou para o ser estranho. Ela apenas disse: - Pare de olhar. Reze e vai dormir!Como eu ia rezar sendo que nem sabia como. Na época não haviam me ensinado a rezar. Se isso adiantasse, eu teria rezado logo quando a moça me assombrou pela primeira vez, mas convenhamos que eu nem aprendi e nem pedi para que me ensinassem. Mas também ninguém teve o bom senso de me ensinar, já que achavam que eu estava fantasiando aqueles personagens.Pela primeira vez falei com Deus. Eu apenas fechei os olhos e pedi para que mandasse aquele homem embora. Fiquei trinta minutos de olhos fechados implorando para que aquela assombração voltasse para seu lugar de origem. Quando abri os olhos, ele ainda permanecia ali. Será que Deus não ouviu minhas preces? Deus existe? Por que não mandou ele de volta para seu lugar? Como se estivesse lendo meus pensamentos, o duende respondeu:- Eu estou no meu lugar de origem moleque! Esse é meu lugar de origem! Essa é a minha casa!Me arrepiei todo. Ele leu meu pensamento! O que estava acontecendo? Por que só eu enxergava aqueles seres? Por que eles querem tanto me fazer mal? Tive que ignorar aquele ser e ir dormir. Consegui dormir tranquilamente entre meus pais, mesmo dando espiadas de lado para ver se o homem havia ido embora, mas permaneceu lá. Sempre que eu espiava, lá estava ele.A noite deu lugar ao dia. Acordei, meu pai já havia ido trabalhar e minha mãe já estava em pé. Levantei e fui direto para a cozinha tomar o café. O Douglas já estava lá e nem bom dia me deu, apenas agradeceu:- Valeu por apagar a luz né! Quase não durmo no claro!Fiquei quieto. O que ia dizer? - Não fui eu quem apaguei, foi a moça da porta!?...Preferi ficar com os créditos.Minha mãe permaneceu quieta e mandou comermos o sucrilhos rápido pois ia sair comigo. Terminei, fui escovar os dentes e me arrumar. O Douglas ficou na casa de minha tia. Estávamos indo perto do serviço de meu pai, na Aclimação. De Guarulhos para São Paulo centro a viagem é demorada para uma criança. E eu perguntava onde estávamos indo especificamente, mas não tinha resposta. Preferi ficar mudo.Chegando aqui na Aclimação, passamos na banca do meu pai. Peguei um gibi e fiquei lendo enquanto meus pais cochichavam. Terminei de ler e minha mãe me pegou e disse que ia me levar em uma amiga dela. Descemos a rua, e uma quadra depois, tocamos a campainha em uma casa humilde. De lá saiu uma senhora menor do que eu, com um rosto muito simpático.Ela nos atendeu e já nos mandou entrar, como se soubesse a que viemos. Minha mãe trocou duas palavras com a senhora que logo me agarrou e começou a alisar o meu peito em movimentos circulares. Aquilo me proporcionou um mal estar. Comecei a senti um movimento estranho no meu estômago. As pernas enfraqueceram e tudo que meus olhos enxergaram foram borrões, eu desmaiei.Acordei deitado no colo da minha mãe sentado em uma escada do lado de fora da casa da senhora. Fraco e em estado vegetativo, porém consciente. Novamente a senhora retornou, com uma xícara com um líquido preto estranho. Pediu para que minha mãe me desse. Quando senti aquele negócio descendo minha garganta, foi o ato final, virei a cabeça e comecei a vomitar tudo o que havia comido em minha vida. Vomitei cerca de 40 minutos com pausas de 10 segundos. Mas aquilo estava me fazendo bem, a cada evacuada, me sentia renascido e leve. Acabando o espetáculo, a doce senhora novamente me pegou e fez os movimentos circulares no meu peito, até que me senti ótimo. Eu não fui para lá ruim nem doente, mas me sentia bem.Terminamos a sessão e fomos para meu pai. Lá ele e minha mãe cochicharam novamente e fomos em direção a casa de minha tia Ozanete que morava ali perto. Ficamos lá até anoitecer e meu pai nos buscou de carro para nos levar para casa.
Cheguei exausto. Pegamos o Douglas na minha tia e fomos para casa. Não fiz nada, apenas cheguei e me joguei na cama. E tive a noite mais maravilhosa que uma criança já teve. Não fui acordado por espíritos nem nada do tipo. Levantei de madrugada para ir ao banheiro tranquilamente.Esse capítulo é muito isolado de minha vida, já que meu pai e minha mãe nunca comentaram comigo e nem eu com eles, devido a sacar a gravidade do que pudesse ou não ser um problema. Já grandinho, percebi que eu era sensitivo e conseguia enxergar essas aparições. Minha família possui espíritas sensitivos. Eu, no caso, depois dessa sessão, nunca mais tive contato com nenhum outro, pelo menos na infância. Na adolescência, a história já foi outra...

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