quinta-feira, 1 de julho de 2010

Historia para normal real parte 2

Experiência Sobrenatural Pte 02
E se morri, era para o inferno que estava indo.Quando tudo clareou, estava caindo em uma profunda caverna cinzenta, e lá abaixo, fogo. Muito fogo.Apesar de ser novo, eu já sabia o que era céu e inferno. E sabia que se estava ali, eu não devia ter sido um bom garoto. Estava caindo depressa, porém não chegava nunca ao fundo. Via vários outros vultos caindo, nenhum era legível, apenas borrões e traços escuros indo direto ao sofrimento eterno.Gritos de dor e pavor começaram a surgir, e a cada segundo aumentavam a freqüência. Estava chegando o fim de minha existência. Minhas costas começaram a queimar, assim como meus pés. Por quê estava ali? Por quê estava indo para o inferno? Não me despedi dos meus pais. Eu tinha tanto para viver!Agora meu corpo queimava por completo. A agonia da carne se desprendendo carbonizada do meu ser era muito real. Já estava afundando no fogo que nunca apaga.Rapidamente tudo clareou e acordei. O que foi tudo aquilo? Será que estava realmente morto? Não era possível, pois o ambiente havia mudado. Não, não estava morto. Era meu quarto! Sim, o sol já irradiava seus raios pela janela!Estava com impressão de ter dado a volta no planeta engatinhando tamanho o cansaço que ainda sentia. A noite eterna e a visita ao inferno fizeram daquela noite de descanso um terror.Rapidamente me sentei na cama todo molhado de suor. Precisava contar para a minha mãe. Mas será que ela iria acreditar? Ela havia dito que o que estava acontecendo eram meros pesadelos. Mas por quê tão reais? É como se meu corpo estivesse com as dores de tudo o que sofri, mas sem marcas. Mas eu sentia que estava lesado. Minha garganta, minha cabeça, minhas costas. Meu abdômen doía devido à pressão dos pés misteriosos com as galochas. Precisava contar.
O espanto maior foi ir para a sala e não encontrar nem o Douglas, nem minha mãe. Aonde foram? Milhares de pensamentos horríveis invadiram minha cabeça, mas eu precisava manter a calma. Fui até o quintal, dei carícias nos nossos cachorros Alf e Maradona e ver se os dois estavam por ali. Ninguém.Minha mãe não costumava deixar nenhum dos dois sozinho. Fui para a sala e decidi me distrair assistindo um pouco de T.V. Conforme fui me distraindo com a programação, vi algo passando da cozinha para o meu quarto. Tinha mais alguém na casa? Quando me levantei me certifiquei de procurar na sala e no quintal, mas não olhei a cozinha, banheiro e nem o próprio quarto de minha mãe.Levantei para ir até meu quarto. Quando me levantei, meus pés sentiram uma fraqueza enorme, como se houvessem desaprendido a andar, e cai novamente no sofá. Aquilo que havia ido para meu quarto saiu e foi em direção a cozinha. Aquela fraqueza agora afetava minha visão. Meus olhos se encheram de lágrimas, como se estivesse com muito sono e não consegui ver perfeitamente o que havia passado ali. Imóvel no sofá, virei um ser vegetal durante alguns segundos. Quando voltei para mim, surge da cozinha o que eu tanto buscava.Era uma bela moça, já com uns 40 anos. Usava saias que me lembravam as evangélicas, uma blusa verde piscina feita de crochê, olhos pretos, branca e bastante pálida, cabelos amarrados, meias vermelhas que cobriam suas canelas, um sapato masculino, com as mãos, uma em cima da outra, abaixo do umbigo. Ela sorriu para mim e disse:- Tudo bem Denis dorminhoco? Eu não tive ação na hora. Fiquei ali parado tentando lembrar da pessoa que estava em pé a minha frente. Seria uma nova empregada? Mas minha mãe não havia dito nada, já que fazia pouco tempo que dispensamos a Márcia, e minha mãe assumira essa tarefa.
Quando pensei em perguntar quem era ela, logo respondeu:- Me chamo Miza! Estou aqui para cuidar de você enquanto sua mãe esta ausente.Aquilo foi estranho, mas muito confortante. Era uma nova empregada! Respirei aliviado e perguntei:- Caramba! Você leu o meu pensamento! - Te conheço muito bem Denis, a mais tempo do que imagina ou possa lembrar.Aquilo me soou estranho. Me senti nascido com 80 anos e regredindo conforme os anos, até alcançar os oito e esquecer quem era ela.As dúvidas cessaram por um instante e deram lugar a fome. Coloquei a mão no estômago que parecia gritar de fome. Já eram sete e meia e não havia comido nada. Miza rapidamente disse:- Pegue as coisas no armário e vá tomar o café da manhã. Tenho o que cuidar lá fora.Fui para a cozinha, mas não havia nada preparado. Peguei o leite na geladeira, o Toddy no armário e misturei. Peguei umas bolachas de água e sal e comecei a tomar meu café da manhã.Escuto barulhos de chaves e o portão abrindo. Devia ser minha mãe chegando com o Douglas.Fui até a porta para constatar e eram os dois. Pelo volume de sacolas, minha mãe vinha com o Douglas da padaria.Ela me flagrou na mesa e questionou:- Já de pé? Que foi? Caiu da cama?- Não. Acordei as sete e pensei que tivesse saído com o Douglas. Ai a Miza pediu para eu tomar o café.Minha mãe, com uma dúvida estampada na face, me questionou:- Miza? Quem é Miza?- Ué! A nova empregada que a senhora contratou. Quando me levantei, ela já estava aqui. - Você estava sonhando Denis, pois não contratei nenhuma outra empregada.De início, pensei que minha mãe estivesse brincando comigo, mas pelo que já a conhecia, ela não era de brincar.Meu alívio momentâneo foi substituído por dúvidas. Eu estava realmente sonhando? Fui para a sala, coloquei as mão na cabeça e me perguntei como um adulto cheio de problemas:- O que está acontecendo comigo?Mal eu sabia que logo mais, à noite, isso me seria revelado...

na procima postagem o final

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